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sábado, 16 de junho de 2012

Mundo das Trevas

Mundo das Trevas Original 


A ambientação original foi criada em 1991, como pano de fundo para o jogo Vampiro, A Máscara, tendo sido descontinuada em 2004, com a publicação da série Time of Judgment. A temática deste primeiro cenário é descrita por seus criadores como sendo punk-gótico.

O Mundo das Trevas lembra em muito o mundo ocidental em fins do século XX, com as mesmas pessoas, nações e cidades, mas visto sob uma ótica mais sombria e sinistra. A Humanidade perde cada vez mais a fé e a esperança, uma vez que servem de presas para criaturas sobrenaturais que se escondem nas sombras. Vampiros, lobisomens e fantasmas são alguns dos habitantes das trevas que predam os mortais. A maioria dessas criaturas não age de forma solitária, mas formam complexas sociedades do submundo, paródias da civilização humana. No Mundo das Trevas, as criaturas da escuridão são a forma de vida dominante no planeta, tratando os humanos como alimento, diversão ou peões em jogos macabros de poder que se estendem por séculos, já que a maior parte desses seres são imortais ou extremamente lôngevos. Os únicos humanos que conseguem se sobressair e conquistar o respeito das criaturas são aqueles que adquirem enorme poder arcano, tornando-se magos.

Este mundo punk-gótico é assolado por todo tipo de conspirações, a maioria delas de cunho místico. A magia existe no Mundo das Trevas, mas é bem diferente daquela geralmente encontrada em outros cenários de RPG. Aqui a magia é corrupta e sombria, roubando aos poucos a humanidade daqueles que a utilizam, tornando-os cada vez mais parecidos com os seres da escuridão. Os abismos sociais no Mundo das Trevas são muito maiores que em nosso mundo: os pobres são miseráveis, os ricos são decadentes, e a corrupção e o sofrimento estão em todos os lugares. Os governos são tiranos e as religiões apelam constatemente para o macabro e para a morte, uma característica fisicamente refletida nas estátuas de gárgulas medievais que se espalham virtualmente por todos os prédios (de fato, algumas dessas gárgulas não são simples estátuas…). A influência gótica é onipresente na arquitetura, enquanto que o aspecto punk se reflete no comportamento das pessoas, que agem como se estivessem em uma zona de guerra. A ciência no Mundo das Trevas, longe de ser um clarificador das massas, funciona como mais um agente do caos, conservando ciumentamente o conhecimento para si mesma, criando novos horrores e contribuindo para a desinformação e para a ignorância coletiva.

Os Jogo


O Mundo das Trevas serve de ambientação para uma miríade de jogos de RPG, entre os quais destacam-se:


Além desses existem vários outros suplementos que expandem o cenário e seus conceitos, a maioria dos quais inexistente em português. A White Wolf também publica jogos ambientados em outras épocas do Mundo das Trevas, como Vampiro: A Idade das Trevas, que se passa no início do século XIII.
Embora cada um dos jogos tenha começado de maneira independente, com o passar dos anos os crossovers entre eles foram ficando cada vez mais frequentes, até todos passarem a fazer parte efetivamente da mesma ambientação. Isso gerou vários problemas de cronologia, sendo que frequentemente informações em um livro entravam em contradição com outras publicações. Em alguns casos, as discrepâncias eram tão gritantes que todo o material precisava ser revisado. Ao longo dessas revisões, o jogo Wraith, the Oblivion foi descontinuado, tornando-se o primeiro storyline do Mundo das Trevas a sofrer cancelamento. Outros o seguiriam nos próximos anos.

Fim do Primeiro Mundo das Trevas

Em 2003, a White Wolf anunciou o cancelamento do Mundo das Trevas, através do lançamento de uma série chamada Time of Judgment. Esse evento foi descrito sob diversos pontos de vista, lançados sob a forma de suplementos para cada um dos diversos jogos da editora. Alguns dos livros que saíram sob esse sêlo foram Vampire: Gehenna e Werewolf: Apocalypse. A série resgatou e concluiu uma premissa que estava presente desde a primeira edição dos jogos, a temática de 'fim dos tempos'. No início de 2004, o primeiro Mundo das Trevas tinha sido completamente descontinuado.

O Novo Mundo das Trevas 


Lançado em Agosto de 2004, o Novo Mundo das Trevas conserva algumas características do primeiro, mas a temática punk-gótica foi substituída pelo tema mistérios sombrios (ou dark mystery), colocando mais ênfase sobre o desconhecido e o macabro do que sobre a opressão e o desespero. Esse novo Mundo das Trevas é, sob vários aspectos, mais parecido com o mundo real, mas com diferenças fundamentais e perturbadoras, a maioria das quais não é clara à primeira vista.

Lançado em um formato mais econômico, contando com um único livro básico chamado simplesmente World of Darkness, o segundo cenário leva vantagem por ser mais coeso em termos de regras e ambientação que seu predecessor. O jogo pode ser expandido de diversas formas através dos complementos já lançados, entre os quais figuram Vampire: The Requiem,Werewolf: The ForsakenMage: The Awakening e Promethean: The Created., ambos descrevendo vampiros e lobisomens bem diferentes daqueles do original.

Quanto a receptividade pelo público a essa nova obra, até o momento vem causando muitas divergencias, embora seja mais frequentes as pessoas que tem péssimas opiniões sobre as mudanças, principalmente os fãs do jogo Vampiro, que viram o numero de clans cair de 20 em Vampiro: A Mascara, para meros 5 em Vampiro: O Requiem. Problemas do mesmo tipo também ocorrem dentre os fãs dos jogos Mago e Lobisomem.
Há de se destacar o fato de que os novos cenários para cada jogo recuperam o aspecto de horror psicológico, ao invés de investir meramente em politicagens e expansões desnecessárias, problema recorrente no Antigo Mundo das Trevas.
Definitivamente mais requintado, bem trabalhado e menos carnavalesco, o Novo Mundo das Trevas dá uma sobrevida aos jogos de horror e mostra que a White Wolf, apesar das vantagens econômicas em se lançar uma nova série, está realmente disposta a melhorar o que já foi feito, e dar uma característica mais séria ao Mundo das Trevas.

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